1879

No Brasil

Sobre esta época, Gilberto Freyre, em seu ensaio "Ordem e Progresso", de 1959, escreve: "No livro dos Reverendos James C. Fletcher e Daniel P. Ridder sobre o Brasil encontra-se, à página 163 da edição de Boston de 1879: 'Pianos abound in every street ... ' Isto com referência especial à Capital do Império, cujas casas patriarcais de residência foram atentamente observadas por esses dois anglo-americanos, o primeiro dos quais conheceu o Brasil nos dias ainda da Regência. Eram casas das quais era comum descerem até às ruas sons de músicas docemente tocadas ao piano por mãos de iaiás. Em algumas, aos sábados, dançava-se 'animadamente até de madrugada, não ao som de uma orquestra, mas de um piano tocado por profissionais, que viviam de compor música e de executá-la', recorda em sua resposta ao nosso inquérito Cássio Barbosa de Resende, nascido em 1879. 'Muitos desses profissionais' '- acrescenta o mesmo informante - 'tornaram-se afamados, e as suas músicas populares eram assobiadas nas ruas e tocadas por toda parte'."

11 de fevereiro. Artur Camillo de Souza interpreta a Tarantela e a Grande fantasia triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, de Gottschalk; e a Fantasia Sobre Lucrécia Borgia, de Thalberg. Teatro Imperial D. Pedro II, Rio de Janeiro.

25 de setembro. Recital de Geraldo Ribeiro. Salão Arthur Napoleão & Miguez, Rio de Janeiro.

Outubro. Recital de Geraldo Ribeiro. Theatro Phenix Dramática, Rio de Janeiro.

28 de novembro. Recital de estreia no Rio de Janeiro do pianista Alfredo Napoleão. Imperial Theatro D. Pedro II, Rio de Janeiro.

No mundo