IPB recebe o prêmio APCA 2017!
É com grande alegria que comunicamos que o Instituto Piano Brasileiro, fundado em 2015 pelo pianista e pesquisador Alexandre Dias, acaba de receber o Prêmio APCA 2017 (Associação Paulista de Críticos de Artes) na categoria “Projeto musical”.
Confira a listagem completa dos ganhadores neste link.
Nestes dois anos de existência do IPB, temos procurado ampliar o entendimento sobre o universo do piano brasileiro, trazendo à tona facetas ainda pouco exploradas das histórias de nossos grandes pianistas e compositores. Temos um longo caminho pela frente, e agradecemos a todos que têm nos acompanhado nesta trajetória, em especial nossos assinantes, que tornam o trabalho possível. Saiba mais aqui.
O livro “APCA 50 anos de arte brasileira”, publicado em 2006 pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, conta as origens desta tradicional associação de críticos:
“A defesa da manifestação artístico-cultural brasileira foi o motivo que levou os jornalistas de São Paulo a formar a entidade. Quando começou a dar prêmios aos melhores do teatro, em 1956, a associação dos críticos paulistas já tinha cinco anos de idade. Fundada por oito críticos liderados por Nicanor Miranda, a Associação Brasileira de Críticos Teatrais, seção São Paulo, no dia 31 de agosto de 1951, tornou-se Associação Paulista de Críticos Teatrais na gestão de seu segundo presidente, Décio de Almeida Prado, em abril de 1956. Em 1972, a entidade abriu sua atuação e passou a abranger, além de teatro e música erudita (incorporada em 1959), artes visuais, cinema, literatura, música popular e televisão. Depois entraram dança, teatro infantil e rádio”.
O piano sempre esteve muito presente nos prêmios APCA. Durante seus primeiros 50 anos, em praticamente todas as edições houve um ou mais pianistas premiados, principalmente nas extintas categorias “recitalista” e “solista”. Nos últimos anos, houve uma diminuição, sendo Eudóxia de Barros, Silvia Maltese e Claudio de Britto os últimos pianistas a serem contemplados em 2011 e 2012. Porém, agora em 2017, vemos o piano reaparecer na lista da APCA não só com o IPB, mas também com o grande pianista Cristian Budu, na categoria “Instrumentista”.
Abaixo fizemos uma recapitulação de todos os pianistas e obras para piano premiadas nas diversas subcategorias desde 1959, quando o prêmio passou a abordar a área de Música erudita, até hoje. As informações foram extraídas do já citado livro “APCA 50 anos de arte brasileira”, com consultas complementares a matérias publicadas na imprensa.
Todos os nomes na listagem a seguir são de pianistas, e todas as obras listadas são para piano solo, ou formações com participação expressiva do piano.
1959
Recitalista: Anna Stella Schic
Pianista: Yara Bernette
Revelação: João Carlos da Silva Martins
Prêmio especial: Souza Lima e Dinorá de Carvalho (dentre outros)
1960
(não houve premiação)
1961
Solista: Gilberto Tinetti
Recitalista: Fritz Gaub
Prêmio especial: Eudóxia de Barros (dentre outros)
1962
Solista: lris Bianchi
Recitalista: Yara Bernette
Conjunto de câmara: Trio Fritz Jank (piano), Gino Alfonsi (violino) e Calixto Corazza (violoncelo)
Obra sinfônica: Concerto para piano e órgão (compositor não informado)
Prêmio especial: Dinorá de Carvalho
Menção honrosa: Eudóxia de Barros (dentre outros)
1963
Solista: Fritz Jank
Recitalista: Gilberto Tinetti
Revelação: José Antônio de Almeida Prado
Obra sinfônica: Concertino para piano e orquestra, de Camargo Guarnieri
Disco de música brasileira: Natan Schwartzman (violinista) e Fritz Jank (pianista)
1964
(não houve premiação)
1965
Obra de câmara: Seresta, para piano e orquestra câmara, de Camargo Guarnieri
Solista: Agnes Klein
Recitalista: Nelson Freire
Revelação: Amaral Vieira
Disco de música brasileira: Antologia de Autores Nacionais (Eny da Rocha, pianista)
1966
Solista: Arnaldo Estrella
Recitalista: Arthur Moreira Lima
Prêmio especial: Jocy de Oliveira (dentre outros)
1967
Solista: Laís de Souza Brasil
Recitalista: Maria Regina Luponi
1968
Obra de câmara: Concertino para piano e coro, de Thedoro Nogueira
Solista: Lydia Alimonda
Recitalista: Caio Pagano
Revelação: Arnaldo Cohen
Prêmio especial: Paulo Affonso de Moura Ferreira (dentre outros)
1969:
Revelação: Cláudio Richerme de Oliveira
Prêmio especial: Paulo Affonso de Moura Ferreira (dentre outros)
1970:
Obra de câmara: Trio para piano, violino e violoncelo, de Osvaldo Lacerda
Solista: Arnaldo Cohen
1971
Solista: Pietro Maranca
Recitalista: Roberto Szidon
Conjunto de câmara: Quarteto Guanabara (Arnaldo Estrella, piano; Mariuccia Iacovino, violino; Frederick Stephany, viola; e lberê Gomes Grosso, violoncelo)
Revelação: Denis Akel
Prêmio especial: José Eduardo Martins (dentre outros)
Prêmios hors concours: Gilberto Tinetti, Nelson Freire (dentre outros)
1972
Obra sinfônica: Concerto para piano e orquestra, de Souza Lima
Recitalista: Edson Elias
Revelação: Denis Akel
Prêmio especial: José Carlos Cocarelli (dentre outros)
Solista (na categoria Música popular): Hermeto Pascoal
1973
Obra de câmara: Trio para piano, violino e violoncelo, de Sérgio Vasconcelos Corrêa
Obra instrumental: Recitativo e fuga (para piano solo), de Almeida Prado
Solista: Caio Pagano
Recitalista: José Eduardo Martins
1974
Solista: Cristina Ortiz
Revelação: André Luiz Rangel
Prêmio especial: Lydia Alimonda, Sérgio Vasconcelos Corrêa (dentre outros)
1975
Obra para instrumento solista: Sonata para piano, de Dinorá de Carvalho
Recitalista: Cláudio Richerme de Oliveira Azevedo
Revelação: Maria Olinta Sena Rebouças (dentre outros)
1976
Solista: Fernando Lopes
Revelação: Marcelo Bratke
1977
Recitalista: Helena Freire
Revelação: Eliane Rodrigues
1978
Obra de câmara: Apassionata, cantilena e toccata (para viola e piano), de Osvaldo Lacerda
Obra vocal: Poemas da vida e da morte (listada como Canções da vida e da morte), para mezzosoprano e piano, de Amaral Vieira
Solista: Vera Astrachan
Recitalista: Amaral Vieira
1979
Recitalista: Esther Fuerte Wajman
Revelação: Araceli Chacon
1980
Recitalista: José Eduardo Martins
Teclados: César Camargo Mariano (na categoria “Música popular”)
1981
Obra sinfónica: Concerto para piano e orquestra, de Sérgio Vasconcellos Corrêa
Recitalista: Cláudio de Brito
Prêmio especial: Letícia Pagano (dentre outros)
Teclados: Egberto Gismonti (álbum “Em família”) (na categoria “Música popular”)
1982
Grande prêmio da crítica: Jacques Klein (homenagem)
Obra instrumental/solista: 13 Rituais (para piano a quatro mãos), de Amaral Vieira
Solista: Sonia Rubinsky
Conjunto instrumental: Trio Brasileiro (Gilberto Tinetti, piano; Erich Lehninger, violino; e Watson Clis, violoncelo).
Prêmio especial: Menininha Lobo
Instrumental: Egberto Gismonti (álbum “Fantasia”) (na categoria “Música popular”)
Teclados: César Camargo Mariano (na categoria “Música popular”)
1983
Obra instrumental/solista: Reminiscências de Adriano, para piano a quatro mãos, de Amaral Vieira
Obra de câmara: Sonata para violino e piano, de Souza Lima
Solista: Flávio Varani
Conjunto instrumental: Duo pianístico de São Paulo (Sylvia Maltese e Marlys Lopes Gatto)
Instrumental: Wagner Tiso (na categoria “Música popular”)
Teclados: César Camargo Mariano (na categoria “Música popular”)
1984
Obra instrumental/solista: Prelúdio, fuga e final (versão para órgão solo e versão para piano solo), de Amaral Vieira
Obra de câmara: Trio marítimo (para piano, violino e violoncelo), de Almeida Prado
Recitalista: Francisco Silva
Solista: Cynthia Priolli
Instrumental: Hermeto Pascoal (álbum “Brasil Universo”) (na categoria “Música popular”)
Teclados: César Camargo Mariano (na categoria “Música popular”)
1985
Recitalista: Marina Granja Brandão
Solista: Max de Barros
1986
Obra de câmara: Sonata para oboé e piano, de Osvaldo Lacerda
Recitalista: Eny da Rocha
Solista: José Feghali
1987
Recitalista: Edson Elias
Solista: Giuliano Montini
1988
Recitalista: Henrique Loureiro
Solista: Débora Halász
1989
Recitalista: Miguel Proença (pianista)
1990
Recitalista: Yukie Nishikawa
Solista: Giuliano Montini
Revelação: Laís Figueiró
1991
Grande prêmio da crítica: Fábio Caramuru (Produção do CD de Magdalena Tagliaferro)
Recitalista: Fábio Luz
Solista: Vânia Elias
Obra de câmara: Noturno nº 13, para violino e piano, de Almeida Prado
1992
Obra vocal: Fantasia-Coral “In Nativitate Domini (para piano obligato, órgão,
mezzosoprano, coro SATB e 2 bandas sinfônicas), de Amaral Vieira
1993
Obra de câmara: Sonata para violino, de Almeida Prado
Recitalista: Marina Brandão
Solista: Achille Picchi
Conjunto instrumental: Trio Dell'Arte (Giuliano Montini, piano; Elisa Fukuda, violino Peter Dauelsberg, violoncelo)
Revelação: Roberto Marialva Bomilcar
1994
Obra sinfônica: Cromos (para piano e orquestra), de Osvaldo Lacerda
Recitalista: Junko Yamakawa
Conjunto instrumental: Duo pianístico Yara Ferraz e Marina Brandão
1995
Recitalistas: Marco Antonio de Almeida (entre outros)
Solista: Nahin Marum
1996
Recitalista: Maria José Carrasqueira
1997
Recitalista: Eudóxia de Barros
Solista: José Carlos Cocarelli
1998
Revelação: Antonio Eduardo
1999
Instrumentista: Miguel Proença
2000
Instrumentista: Beatriz Balzi
2001
Recitalista: João Carlos Martins
2002
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2003
Instrumentista: Fernando Lopes
2004
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2005
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2006
Especial: João Carlos Martins - Bachiana Filarmônica
2007
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2008
Obra Experimental: Cadências para piano e orquestra, de Guilherme Bauer
2009
Nenhum pianista premiado
2010
Nenhum pianista premiado
2011
Recitalista: Silvia Maltese Moysés
Prêmio Especial (Conjunto da Carreira): Claudio de Britto
2012
Conjunto da carreira: Eudóxia de Barros
2013
Nenhum pianista premiado
2014
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2015
Não houve premiação na categoria “Música erudita”
2016
Nenhum pianista premiado
2017
Instrumentista: Cristian Budu
Projeto musical: Instituto Piano Brasileiro