Paulo Guedes

Paulo Luis Vianna Guedes nasceu em Porto Alegre (RS), em 14 de novembro de 1916. Em 1934, graduou-se em música pelo então Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, em 1939, formou-se na Faculdade de Medicina da mesma universidade. Integrou o primeiro grupo de médicos a iniciar a formação psicanalítica em Porto Alegre, tornando-se um dos
fundadores da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.

Em 1936, ingressou como Professor Assistente da disciplina de Conjunto de Câmara no Instituto de Artes, mais tarde assumindo o cargo de Professor Catedrático. Naquela faculdade, lecionou também História da Música. Em 1940, foi nomeado Professor Assistente da disciplina de Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da UFRGS, onde, em 1942, defendeu tese de doutorado, tendo sido aprovado com distinção.

Em 1944, fez concurso para Livre-Docente de Psiquiatria naquela faculdade e, em 1950, assumiu a disciplina de Psiquiatria. Sob sua orientação, em 1957, foram criados os cursos de Pós-graduação em Psiquiatria. Fundou as Jornadas Sul-Riograndenses de Psiquiatria Dinâmica. Publicou diversos trabalhos científicos nas áreas de Psiquiatria, Psicanálise, Psicoterapia Analítica de Grupo, Psicologia Médica e Ensino Médico. Por dez anos, integrou o Quarteto Oficial do Instituto de Artes como violinista. A composição musical sempre foi uma de suas paixões. Tocava diversos instrumentos, especialmente o violino. Faleceu em 24 de fevereiro de 1969.

Deixou as obras para piano: Noturno (publicado no Álbum Musical comemorativo do bicentenário de Porto Alegre, 1940), Suite Infantil (publicada nas Edições da Associação Rio Grandense de Música), Quatro Esboços Brasileiros (I. Chorinho; II. Cantiga; III. Toada; IV. Dança); para canto: Modinha (versos de Carlos Drummond de Andrade), Trovas (versos de Ovídio Chaves), Cantiga de Amor (versos de Fernando Guedes); para orquestra: Suite para orquestra, Três peças em caráter popular para flauta, violão e orquestra de cordas; Para coro: Brinquedo de roda, Três canções prá Madeleine (I. A moda da moça muda; II. Modinha; III. Menina dos óio grande, com versos de Antonio Messias e Paulo Guedes) e Praga triste (versos de Antonio Messias).

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