naturalidade
Campinas (SP)
fontes
- Hemeroteca Digital Brasileira (da Biblioteca Nacional) - www.memoria.bn.br
- Revista Sarao - Unicamp - www.centrodememoria.unicamp.br
- Programas de recital de Estelinha Epstein no MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) de 12 de junho de 1976 e de 18 de novembro 1977
- Programa de recital de Estelinha Epstein no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas em 25 de novembro 1976
- Programa de recital de Estelinha Epstein na Prefeitura Municipal de Americana pelo 52º aniversário da emancipação político-administrativa da cidade de Americana em 1976
- LP Estelinha Epstein - RGE-XRLP 100.003 - Série aniversário
Atualizado em 07.11.2018
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Estelinha Epstein

N. 25 de Fevereiro de 1914
F. 8 de Julho de 1980
Por Marcia Pozzani

Estelinha Epstein (Estelinha Sima Epstein) nasceu em Campinas (SP) no dia 25 de fevereiro de 1914. Desde a mais tenra idade, acompanhava seus pais a óperas e concertos. Estelinha foi assistir à apresentação da Companhia de Operetas de Clara Vals e voltou para casa encantada com tudo que viu. No dia seguinte, foi à casa de sua vizinha, e repetiu no piano todas as músicas que havia escutado. Quando seu pai comprou um piano para sua mãe, Estelinha começou a tocar sozinha as lições que sua mãe se esforçava para aprender. Isso não lhe era o suficiente, e pediu a seus pais para lhe encaminhar a um professor de piano. Seu tio, o professor russo Joseph Kliass, havia chegado da Europa, radicando-se em São Paulo após a 1ª Guerra Mundial, e, cinco dias após sua vinda para o Brasil, Estelinha tornou-se sua aluna, a primeira. Após algum tempo, ela convidou suas primas Yara Bernette e Ana Stella Schic, e outros amigos para se tornarem alunos do professor, iniciando-se assim a grande escola pianística de Joseph Kliass no Brasil.

Realizou sua primeira apresentação pública em 12 de maio de 1922, no Clube Semanal de Cultura Artística de Campinas, com 8 anos de idade, local em que comemorou em 1972 seus 50 anos de vida artística, como concertista. O presidente Washington Luís ouviu-a tocar e lhe disse que, quando completasse 13 anos, a enviaria para aprimorar seus estudos na Europa. No ano seguinte, com 9 anos de idade, foi solista do Concerto No.23 de Mozart para piano e orquestra no Theatro Municipal de São Paulo (TMSP).

Em 1923, deu recitais em Campinas e, em 1925, fez uma apresentação no Salão de Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro, para uma plateia lotada, com obras de Bach, Mozart, Hummel, Chopin, Granados, Villa-Lobos, Mussorgsky, Lyadov e Martucci. O professor Joseph Kliass, que organizou o programa de seu recital, a acompanha. É exaltada pela crítica, por seu virtuosismo, fidelidade de memória, emprego perfeito dos pedais e temperamento artístico de um nível acima da média dos intérpretes.

Em 1926, sola o Concerto No.23 de Mozart, com orquestra sob regência de Francisco Braga no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ). Em 1927 (checar), é solista do Concerto No.1 de Mendelssohn, no TMRJ, também sob regência de Francisco Braga. No mesmo ano, aos treze anos, recebeu o prêmio do pensionato artístico do Governo do Estado de São Paulo para aperfeiçoar-se na Europa, e embarca no transatlântico alemão Cap Polonio, em companhia de sua família, seguindo para a Alemanha, passando por Paris. Na Alemanha, ganha um piano do presidente Washington Luís, um Bechstein No.B130621.

Em Berlim, faz uma entrevista com Arthur Schnabel, que a tomou como sua discípula. Sua estreia em Berlim deu-se por indicação do mestre Schnabel. Haveria um concerto na Sala Bechstein e o violinista a se apresentar quebrara o dedo. Estelinha substituiu-o, e, a partir desta estreia, deu muitos concertos na Alemanha, França (Sala Pleyel) e Itália, recebendo excelentes críticas. Teria ficado mais tempo neste país, no entanto, o empresário que queria contratá-la exigiu que em suas apresentações vestisse roupas de mangas compridas com o emblema da suástica no braço. Estelinha resolveu voltar para o Brasil, e quase foi barrada no embarque não fosse a intervenção de uma autoridade brasileira na Alemanha. Ao retornar ao Brasil, em 1933, retoma suas atividades artísticas.

Em 1933, apresenta-se no TMRJ e no TMSP com obras de Bach, Beethoven, Liszt (Sonata), e Chopin. Também toca em Campinas, Piracicaba, executa nos estúdios da PRB-6 um programa dedicado aos ouvintes da Rádio Cruzeiro do Sul, e prepara uma turnê pelo norte do país. Ao longo de sua carreira, tocou em quase todos os estados do Brasil.

Quando voltou de uma de suas viagens, diz ter ficado encantada, referindo-se ao Norte como "O meu verdadeiro país - tão longe da metrópole, a hospitalidade e a índole do povo conservam mais puro, o caráter de brasilidade". Em suas excursões, tocou em cidades do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, e nestes estados deu muitos concertos beneficentes, por iniciativa própria, para ajudar orfanatos, hospital de crianças, asilos e entidades locais. Percorreu também os estados do Sul.

Em 1935, é convidada para tocar no Salão Nobre do Instituto Nacional de Música, na festa em homenagem ao Papa Pio XI. Neste mesmo ano, dá um recital no Salão da Academia Brasileira de Música. Apresenta com o violinista Francisco Chiaffitelli a Sonata para violino e piano Op.24 de Beethoven, e o Concerto No.1 de Mendelssohn Op.25, para piano e orquestra, sob a regência de Chiaffitelli. Foi muito aplaudida, vendo-se obrigada a voltar para apresentação suplementar.

Em 1937, apresenta-se na Rádio Tupi juntamente com pianistas de grande renome como Antonietta Rudge. A crítica refere-se a ela como "A poetisa do teclado" e "Mãos de veludo".

Em 1938, faz nova excursão para o Norte e Nordeste, apresentando-se em Amazonas, Pará, Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia. Ainda neste ano, dá concertos em Curitiba (PR), nos salões do Clube Curitibano, e doa a renda total às instituições beneficentes da cidade.

Em 1939, em excursão organizada pelo governo, percorreu diversas cidades brasileiras. Em Minas Gerais, toca em Belo Horizonte, São João Del Rei, Ouro Preto, Ponte Nova, Leopoldina e Juiz De Fora, sendo acompanhada por sua mãe, D. Annita Epstein.

Em 1940, deu um concerto em São Luís (MA), entre outros, em benefício dos hansenianos do Bonfim, sendo elogiada por sua bondade e amor ao próximo. Também se apresenta no Teatro da Paz, em Belém (PA).

Em 1942, foi uma das finalistas do concurso de piano Columbia Concerts Award for Young Brazilian Pianists, na Escola de Música da UFRJ, cujo ganhador foi Arnaldo Estrella.

Em 1944, apresentou-se no TMRJ, constando de seu recital obras de Bach-Siloti, Respighi, Mozart, Galuppi, Scriabin, Bortkiewicz, Mignone, Chopin, Liszt, Lyapunov e, sob a regência do maestro Eleazar de Carvalho, tocou o Concerto No.2 de Rachmaninoff, com a Orquestra Sinfônica do TMRJ.

Em 1945, deu recitais em Pernambuco, Ceará e na Bahia, em uma turnê que durou três meses. Apresentou-se por diversas vezes no programa de rádio "Ondas musicais". Também tocou no Rio de Janeiro e em Petrópolis.

Em 1947, fez outra tournée pela Europa e tocou na Holanda, em Haia e na França. Deu três recitais na Sala Gaveau, em Paris. A crítica do Le spectateur escreveu: "O primeiro recital em Paris, desta pianista brasileira, conquistou o público, pela grande facilidade plástica da artista. Estelinha desenvolve um mecanismo espantoso de velocidade, mas sempre com o sentido musical perfeito. Sua segurança instrumental é completa (...)". Também tocou um recital de música de câmara acompanhando a cantora Madalena Nicoll, em um recital na Casa da América Latina, em Paris, com a presença de grande número de membros da colônia brasileira.

Em 1950, Estelinha fez nova viagem à Europa, patrocinada pela Sociedade Musical Daniel. Apresentou-se na Sala Gaveau (Paris), Sala Bach (Amsterdã), entre outras. Na Holanda, tocou também em Haia, e na rádio de Hilversum. Lá, encontrou-se com o grande pianista Edwin Fischer, que fica bom tempo ouvindo Estelinha estudar uma página de Mozart, sem ela perceber a sua presença. Ela afirmava que receber elogios de Edwin Fischer foi uma das maiores emoções que teve na vida. Ao longo de sua carreira, também tocou para outros grandes pianistas como Brailowsky, Borowsky, Moiseiwitsch, Antonietta Rudge, e Guiomar Novaes, recebendo muitos elogios destes importantes artistas. No Brasil, tocou sob a regência dos maestros Francisco Braga, Eleazar de Carvalho, Souza Lima, Armando Belardi, Eduardo Guarnieri, Francisco Chiaffitelli, Bernardo Federovski e Jorge Salim Filho.

Em 1958, lançou o seu primeiro disco, pela RGE XRLP-100.003, com obras de Francisco Mignone, Villa-Lobos, Chopin, Mozart, Soler, Scarlatti-Tausig e Galuppi.

Em 1960, apresentou um recital em São Paulo inteiramente dedicado a Chopin, e sob regência do maestro Souza Lima, solou o Concerto No.2, com a Orquestra Sinfônica Municipal.

Em 1962, foi convidada a participar do Festival de Piano, no Paraná, juntamente com os pianistas Dina Gombarg, Eudóxia de Barros, Gilberto Tinetti, e Fernando Lopes. Ainda neste ano, seguiu para Buenos Aires em turnê artística, para tocar em várias cidades argentinas e excursionar pelo Uruguai, apresentando-se também como solista dos Concertos No.2 de Chopin e o No.26 de Mozart (“Coroação”). Nesta época, realizou uma série de audições na Rádio Municipal da capital portenha.

Em 1965, a gravadora Copacabana relançou o disco publicado originalmente pela RGE, em 1958. O programa de rádio Ondas Musicais comemorou seus 25 anos, e organizou uma série de concertos na Sala Cecília Meireles, só com músicas brasileiras.

Em 1966, tocou o concerto de Mendelssohn No.1 com a Filarmônica Paulista sob regência do maestro Bernardo Federowski, na PUC de São Paulo, e participou de uma série de concertos por 53 cidades, organizados pelo Governo do Estado de São Paulo. Apresentou-se, por exemplo, em São Carlos, Jaú, Bauru, Marília e Tupã. Também realizou uma excursão em Vitória (ES) e se apresentou na Rádio Eldorado.

Em 1967, apresentou-se na série Concertos Matinais, do TMSP. Seu programa foi transmitido pela TV. No ano seguinte, tocou no TMRJ, e se apresentou no Auditório Itália, com um recital dedicado aos cravistas do século XVIII. Em 1969, fez uma série de gravações em vídeo para a TV Cultura.

Por incentivo do professor Rossini Tavares de Lima, gravou as 12 Cirandinhas de Villa-Lobos em 1968. A gravação foi lançada no ano seguinte em LP pela Chantecler (CMG-1045), sendo esta provavelmente a primeira gravação mundial do ciclo completo. Sua discografia é reduzida, constando de apenas 2 LPs.

Em 1970, deu um concerto no Teatro Paulo Eiró, promovido pelo Departamento de Cultura Pró-Arte, e acompanhou ao piano a cantora lírica, e consulesa americana, Florence Fisher, em um recital no auditório do Colégio São José em Santos (SP), com canções folclóricas brasileiras harmonizadas por Luciano Gallet, Hekel Tavares, Ernani Braga, Jayme Ovalle e Waldemar Henrique. No mesmo, recebeu uma homenagem da Câmara Municipal de São Paulo.

Em 1970, na série Concertos para a Juventude, realizados aos domingos pela manhã no auditório da TV, tocou obras de Scarlatti, Galuppi, Mozart e Vivaldi. Neste ano, também tocou sob regência do maestro Jorge Salim Filho o Concerto No.1 de Mendelssohn, e, sob regência do maestro Armando Belardi, o Concerto No.26 de Mozart, ambos no TMSP.

Em 1971, participou da temporada artística da ABRARTE. Os concertos foram realizados no TMRJ e na sala Cecília Meireles. Outros pianistas que participaram desta realização foram Nelson Freire, Nikita Magaloff, Estelinha Epstein, Claudio Arrau, Souza Lima, e Ana Lucia Altino.

Em 1972, ministrou um curso pianístico de aperfeiçoamento, ensinando técnica moderna e alta interpretação em São Paulo. Também participou de uma série brasileira dedicada a Villa-Lobos para a TV Cultura, e apresentou um recital no Auditório Itália com obras de Scarlatti, Albéniz, Lully, Galuppi, Mozart, Vivaldi, Bach-Stradal, Schumann, Theodoro Nogueira, Camargo Guarnieri e Villa-Lobos. Foi elogiada pela crítica por escolher peças de estilos diversos, e por sua flexibilidade estilística. No mesmo ano, em comemoração aos seus 50 anos de carreira (jubileu artístico de ouro), tocou no mesmo local em que se apresentou pela primeira vez em público em 1922, no Clube Semanal de Cultura Artística de Campinas, sendo muito homenageada por seus amigos e admiradores. Recebeu placas comemorativas do prefeito de Campinas e do Conservatório Musical Villa-Lobos, de Araraquara.

Em 1973, fez um recital beneficente no MASP (Museu de Arte de São Paulo), e participou de uma série de programas para a TV Cultura de São Paulo, destacando-se suas interpretações de Villa-Lobos. No mesmo ano, encerrou a série "A grande música de câmara", interpretando Pescetti, Soler, Seixas, Purcell, Handel, Schumann, Granados, Villa-Lobos e Dohnanyi, no Auditório Itália. No ano seguinte, tocou um recital inteiramente dedicado a Villa-Lobos, que foi televisionado, com 22 obras, incluindo o ciclo completo das 12 Cirandinhas.

Em 1976, realizou um recital no MASP, apresentando obras de Scarlatti, Lully, Albéniz, Soler, Respighi, Bach-Stradal, Chopin, Granados, Villa-Lobos e Dohnanyi, recebendo excelentes críticas, e tocou também em Campinas. Em 1977, tocou três Sonatas de Mozart em recital no MASP.

Nesta época, exercia o magistério em sua casa, mantendo um círculo de alunos, que a consideravam uma mestra paciente, amiga, carinhosa e perfeccionista, ensinando com tranquilidade e segurança.

Em 1979, deu um concerto na Sala I do Teatro Municipal de Piracicaba, sendo este provavelmente o último recital de sua vida. Estelinha Epstein faleceu em 8 de julho de 1980, em Águas de São Pedro (SP), onde tinha um estúdio.

Alguns dos prêmios que recebeu em vida foram: Medalha Euclides da Cunha, Medalha José Vieira Couto de Magalhães, Medalha Dom João VI, e Medalha Anchieta (1970).

 

Músicas dedicadas a Estelinha Epstein:

Theodoro Nogueira - Valsa-choro No.9

Clarisse Leite – Valsa etérea

 

Repertório de concerto:

Em saraus com amigos, consta que Estelinha incluía em suas apresentações algumas de suas próprias composições. Uma delas se chamava “valsa em estilo cinematográfico", e por vezes era tocada como bis em seus concertos.

Albéniz-Godowsky - Tango em ré maior;

Alexandre Levy - Prelúdio da Suíte brasileira; Tango brasileiro (versão de Souza Lima);

Anônimo do séc. XVI - Siciliana (transcrição de Ottorino Respighi);

Bach-Busoni - Toccata

Bach-Siloti -  Prelúdio em sol menor

Beethoven - Sonata No.21 “Waldstein”; 32 Variações em dó menor; Rondó a capriccio; Sonata Op.24 para piano e violino

Bortkiewicz - Estudo op.15

Camargo Guarnieri – Ponteios No.24, No.30; Canção sertaneja

Chopin - Andante spianato e Grande polonaise brillante; Valsa; Noturno (Op. póstumo) em dó sustenido menor; Noturno em mi bemol; Prelúdio No.9; Estudo Op.25; Mazurca; Berceuse; Os 4 Improvisos; Scherzo; 3 Escocesas; Sonata No.2; Concerto No.2 para piano e orquestra

Chopin-Liszt - Minhas alegrias

Cimarosa - Duas Sonatas

Dandrieu - Concert des oiseaux (Le ramage; Les amours; L´hymen)

De Falla - Danza del molinero; La vida breve

Debussy – La plus que lente; La fille aux cheveux de lin

Dohnányi - Capriccio (Estudo de concerto)

Fauré – Noturno; Improviso

Galuppi - Sonata em dó maior

Glück-Sgambati - Melodie

Gottschalk - Grande fantasia triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro

Granados - Danza española; La maja y el ruiseñor

Handel - Chaconne

Isaac Albéniz – Sevilla; El puerto

J. S. Bach - Concerto italiano; Fantasia em lá menor; Prelúdio e fuga em si bemol maior

Lecuona - Malagueña

Liszt - Soneto de Petrarca; Sonata em si menor; La leggierezza; Dança dos gnomos; Au bord d´une source; Rapsódias húngaras No.11 e No.15;

Lully - Três peças para cravo: I. Air tendre; Courante; Gigue

Lyadov - Caixinha de música

Lyapunov - Lezghinka (No.10 dos 12 Estudos transcendentais)

Martucci - Estudo de concerto

Mateo Albéniz - Sonata em ré maior;

Mendelssohn – Scherzo; Concerto No.1 para piano e orquestra

Mignone - 1ª Valsa de esquina; Serenata humorística

Mussorgsky - Quadros de exposição; Hopak

Paganini-Liszt – Estudo No.5 “La chasse”

Pescetti - Sonatas

Prokofieff - Prelúdio

Purcell - Suíte em dó maior

Rachmaninov – Concerto No.2 para piano e orquestra; Prelúdios

Ravel – Pavane; Peça em forma de habanera

Rimsky-Korsakov – O vôo do besouro

Rosenthal - Papillons

Scarlatti -  Duas sonatas

Scarlatti-Tausig - Pastorale e capriccio

Schubert – Improviso;

Schubert-Liszt - Serenata; Hark-hark the lark

Schumann - Cenas infantis; Carnaval de Viena; Arabesca; Papillons

Scriabin – Poéme; Prelúdio; Estudo

Seixas - Sonatas

Soler - Sonata em ré maior e Sonata em ré bemol maior

Theodoro Nogueira – Valsa-choro No.9 (dedicada a Estelinha Epstein)

Verdi-Liszt - Paráfrase sobre o Rigoletto

Villa-Lobos - As três Marias; Ciranda No.6 “Passa, passa gavião”; O cavalinho de pau (de A prole do bebê No.2); Choros No.5 “Alma brasileira”; Impressões seresteiras; Dança do índio branco; A lenda do caboclo; O ginete do pierrozinho (de O carnaval das crianças); Bachianas brasileiras No.4 (Prelúdio e Ária); as 12 Cirandinhas; O polichinelo (de A prole do bebê No.1); Valsa da dor

Vivaldi - Concerto para órgão em ré menor

W. A. Mozart – Sonatas No.7, No.8 e No.10; 9 Variações sobre um minueto de Duport; Minueto com variações; Concerto No.23 para piano e orquestra em lá maior; Concerto No.26 para piano e orquestra em ré maior (“Coroação”)

W. F. Bach- Stradal - Concerto em ré menor

Weber - Euryanthe